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ANJO PRETO ATÉ DEUS DUVIDA II
Q U E B R A N D O   P A R E D E S  C O M  P A P E L
12 de Outubro a 28 de Dezembro de 2019 | SESC Niterói

Imagens nos convidam a questionar o sagrado, refletir desigualdade social, as crianças e o futuro que as reserva - ou não. Asas nos lembram dos possíveis voos: dos que sonham aos que perdem a vida. Rostos cobertos nos indicam os silenciamentos diários de um povo, e cores de amplas paletas nos reforçam que há sempre algum modo para seguir, mesmo que na resiliência.

 

O dito Novo Tempo não existe enquanto tivermos espaços cercados de separação e banhados na vaidade do inclusivo: Esses são os comuns, perpetuadores das estruturas do velho mundo. A transformação tem cor e começa fora das fronteiras da colônia, muitas vezes adentrando-as para implantar sementes. Alberto Pereira é potência transformadora que liga tempos, indivíduos, afetos e derruba paredes.

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Peter de Albuquerque

Realização:

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Agradecimentos

Agradecimentos

Gostaria de agradecer imensamente ao Peter Albuquerque pelo texto de abertura, ao Carlos "Tuca" @artoftuca por toda dedicação e auxílio na produção e montagem, ao Vitor Ramalho pela abertura e possibilidade desta exposição no SESC, à Patrícia Campos pela programação visual da exposição e divulgação oficial do SESC e ao Felipe Capello por toda recepção na ausência do Vitor. Não fazemos nada sozinho.

Obras

Obras

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Furadeira abate

A política de atirar primeiro e verificar depois mata inocentes. O culto a violência disfarçada de proteção no estado do Rio de Janeiro perpetua a impunidade em nome do Estado, que mensalmente mata inocentes por engano. Furadeira, guarda-chuva e pele preta em território pobre viram pólvora, sangue e morte.

Jovem pode ter sido morto ao ter furadeira confundida com arma, diz família (2019)

"A Divisão de Homicídios da Capital apura as circunstâncias da morte de João Victor Dias Braga, de 22 anos. O jovem, que trabalhava como DJ, foi morto durante uma operação da Polícia Militar, nesta terça-feira, na comunidade Santa Maria, na Taquara, na Zona Oeste. A família do rapaz acredita que a furadeira que ele carregava foi confundida com uma arma. Segundo a irmã de João, ele ia ao encontro de um amigo onde faria um 'bico' para complementar a renda quando foi assassinado.

— Ele saiu de casa para fazer um trabalho com um amigo dele ali pela comunidade mesmo. Estava com um instrumento de trabalho nas mãos e foi morto — disse Carol Dias, de 20 anos."

https://extra.globo.com/casos-de-policia/jovem-pode-ter-sido-morto-ao-ter-furadeira-confundida-com-arma-diz-familia-23571855.html

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Homem é morto pelo Bope ao ter furadeira confundida com arma (2010)
Comandante do batalhão no Rio admitiu erro, mas justificou ação; 'Na avaliação dele, tudo indicava que era uma arma' e era necessário 'proteger a equipe', afirma tenente-coronel

https://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,homem-e-morto-pelo-bope-ao-ter-furadeira-confundida-com-arma,553992

Matheusa
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Matheusa

Na madrugada do dia 29/04/2018, Matheusa, ou Theusinha, como os amigos a chamavam, desapareceu após ir a uma festa no bairro Encantado, perto da favela Morro do 18, em Água Santa, na zona norte do Rio. Na segunda, 7/05/2018, a Polícia Civil carioca confirmou que Matheusa havia sido executada.

Testemunhas relataram que ela se sentiu mal e deixou a festa falando coisas desconexas. De acordo com a delegada Ellen Souto, da Delegacia de Paradeiros, Matheusa foi parar no Morro do 18, a dois quilômetros da festa onde estava. Em entrevista ao telejornal "RJ TV", Souto afirmou que a estudante estava nua quando um grupo de traficantes resolveu submetê-la a um julgamento informal. Os policiais consideram que há "fortes indícios" de que o corpo da estudante tenha sido queimado após a execução por traficantes.

Matheusa usava sua arte para questionar principalmente os conceitos de gênero e de raça - gostava de dizer que era uma "bicha preta". Ela participava de dois coletivos performáticos LGBTs: o Seus Putos, formado na UERJ, que se define como um grupo "de ações estético-políticas e práticas teóricas de crítica às instituições de opressão e aos padrões normativos", e o Xica Manicongo, movimento de arte, cultura, militância e ativismo.

https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/a-gente-nao-pode-naturalizar-o-sofrimento-diz-irma-de-matheusa-passareli-trans-morta-no-rio.ghtml

https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/estudante-matheusa-foi-julgada-antes-de-ser-morta-por-traficantes-diz-delegada.ghtml

Cisne Negro

Cisne Negro

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Cisne Negro trata sobre não dar às costas a nossa vontade, a nossa essência. Sobre não dar as costas a nós mesmos. Sobre esclarecer o outro para que aceite a nossa maneira de ser. Sobre menos preconceitos, etiquetas e maneiras normatizadas de estar em um mundo que se diz tão plural, evoluído e livre, mas volta e meia dá meia volta, caminha 5 passos pra frente e retorcede 20. A tradição pode ser costume e cultura, mas quando fere a liberdade alheia, não passa de ignorância. Viva a liberdade de ser quem e como somos.

Anjos
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Anjos ou demônios

A diferença entre o termo criança e o termo "menor" tem CEP. Quando o sagrado encontra o profano? Por que nunca vimos um anjo preto? Por que em alguns contextos uma criança pode ser considerada um anjinho e em outros ela é endemonizada? Onde mora o olhar livre de julgamentos? Onde mora a igualdade? Onde estão os anjos pretinhos que eu nunca vi? Anjo preto até Deus duvida.

Paz

Nascimento da Paz

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Será que a paz é uma criança que nunca nasceu?

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