Oficina de direitos humanos e lambe-lambe com Marcos Kalil. Grato à professora Daniela Accioly pela iniciativa / convite e a todos vocês "alunos" do CIEP 126 Almedorina Azeredo que se dedicaram e fizeram o baile dar certo e a parede ficar bonita.
Lambe-lambe: algo tão simples, mas tão complexo. Aquele pedaço de papel colado na rua que te avisa do show, te promete amor, dá força, faz rir, chorar e até refletir ao longo do dia. Pintado, feito em caneta, impresso, de colagem, em gravura, stencil, serigrafia e com crochê também. Múltiplo, mutante, pode ser XXG e pode ser PP. Pega uma caixa de fósforo, uma caixa de luz, ou "caixas" maiores como casas ou prédios. Tá aqui no Rio e viaja pra Recife, Inglaterra, Suíça, Uruguai, Alemanha, Egito. É escalável e vai além das leis da física, porque pode ocupar centenas de lugares ao mesmo tempo. E mesmo assim é único, porque carrega a própria história, conceito, contexto social, político e estética de quem o fez quando ganha morada em um novo muro. Quanto mais lambes colados, mais paredes aparecem. Quanto mais nos damos, mais recebemos. Quanto mais presente, mais futuro.
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